Mario de Sá Carneiro Poesias Completas rtf free ebook download from www.visionvox.com.br
Sábado, 08 de Junho
Leituras: 17:00h
Pedro Eiras e Rui Manuel Amaral
lêem
MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
http://www.youtube.com/watch? v=lyZN2yxgyyI&feature=youtu.be
Sábado, 08 de Junho
Aberto das 17:00 às 24:00h
Leituras: 17:00h
Pedro Eiras e Rui Manuel Amaral
lêem
MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO

http://www.youtube.com/watch?
Só de ouro falso os meus olhos se douram;
Sou esfinge sem misterio no poente.
A tristeza das coisas que não foram
Na minha'alma desceu veladamente.
Na minha dôr quebram-se espadas de ansia,
Gomos de luz em treva se misturam.
As sombras que eu dimano não perduram,
Como Ontem, para mim, Hoje é distancia.
Já não estremeço em face do segredo;
Nada me aloira já, nada me aterra:
A vida corre sobre mim em guerra,
E nem sequer um arrepio de medo!
Sou estrela ébria que perdeu os ceus,
Sereia louca que deixou o mar;
Sou templo prestes a ruir sem deus,
Estátua falsa ainda erguida ao ar...
Sou esfinge sem misterio no poente.
A tristeza das coisas que não foram
Na minha'alma desceu veladamente.
Na minha dôr quebram-se espadas de ansia,
Gomos de luz em treva se misturam.
As sombras que eu dimano não perduram,
Como Ontem, para mim, Hoje é distancia.
Já não estremeço em face do segredo;
Nada me aloira já, nada me aterra:
A vida corre sobre mim em guerra,
E nem sequer um arrepio de medo!
Sou estrela ébria que perdeu os ceus,
Sereia louca que deixou o mar;
Sou templo prestes a ruir sem deus,
Estátua falsa ainda erguida ao ar...
Paris 1913, Maio 5.
Estatua falsa
Sólo de oro falso mis ojos se doran:
Soy esfinge sin misterio en el poniente.
La tristeza de las cosas que no fueron
En mi alma descendió veladamente.
En mi dolor se parten espadas de ansia,
Retoños de luz en la oscuridad se mezclan.
Las sombras que yo dimano no perduran,
Como Ayer, para mí, Hoy es distancia.
Ya no estremezco la cara del secreto;
Nada me disuade ya, nada me aterra:
¡La vida corre sobre mí en guerra,
Y ni siquiera un escalofrío de miedo!
Soy estrella ebria que perdió los cielos,
Sirena loca que dejó el mar;
Soy templo presto a caer sin dios,
Estatua falsa aún erguida al aire...
Soy esfinge sin misterio en el poniente.
La tristeza de las cosas que no fueron
En mi alma descendió veladamente.
En mi dolor se parten espadas de ansia,
Retoños de luz en la oscuridad se mezclan.
Las sombras que yo dimano no perduran,
Como Ayer, para mí, Hoy es distancia.
Ya no estremezco la cara del secreto;
Nada me disuade ya, nada me aterra:
¡La vida corre sobre mí en guerra,
Y ni siquiera un escalofrío de miedo!
Soy estrella ebria que perdió los cielos,
Sirena loca que dejó el mar;
Soy templo presto a caer sin dios,
Estatua falsa aún erguida al aire...
París, 5 de mayo de 1913.
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